Chrono Trigger
Gênero: Rpg
Desenvolvedora: Square
Lançamento: 11/03/1995
Nº de players: 1
Plataforma: Super Nintendo
Nota: 9
Dificilmente quem curte rpgs não terá ouvido falar de Chrono Trigger. Este game é uma obra prima do Super Nintendo e com certeza um dos melhores rpgs de todos os tempos, rivalizando com Zelda Ocarina of Time e Final Fantasy 7. Quando os produtores criaram este jogo devem ter pensado ‘’Ok, nós temos todos os elementos para um ótimo rpg, agora vamos melhorar ainda mais trazendo o produtor de Fantasy, o diretor de Dragon Quest, Akira Toriyama criador de Dragon Ball, e os músicos de Final Fantasy, vai sair algo épico desta mistura!!!’’. Este time formado por grandes nomes foi chamado de Dream Team (time dos sonhos) e eles tinham apenas um objetivo em mente, que Chrono Trigger deveria ser algo revolucionário. E conseguiram. Conseguiram colocar em um cartucho de Super Nintendo gráficos ótimos no estilo do mangá de Dragon Ball, musicas maravilhosas, situações de escolha onde cada opção levara a um caminho e consequentemente um final diferente, e pasmem são 14 finais diferentes. Tudo isso em um pequeno cartucho lançado em 1995 dá para afirmar que fizeram milagre.
A jogabilidade é traz algumas inovações que influenciam alguns jogos até hoje. Como em todo rpg, podemos andar pelo mapa das cidades e do mundo mas a diferença fica por conta de que as batalhas não se dão por encontros aleatórios como em Final Fantasy e sim quando você tromba em algum inimigo. Ou seja, nada de andar no mapa e ser interceptado do nada por algum inimigo. Você já vê seu inimigo andando pelo cenário normalmente assim como você faz.
As magias usadas são um show tanto por serem criativas tanto por se puderem utilizar técnicas duplas e triplas, onde respectivamente os personagens juntam suas habilidades para atacar juntos gerando danos absurdos e novas possibilidades como misturar ataques físicos e fogo, ou fogo e gelo. Tudo isso eram elementos que nunca haviam sido usados em nenhum jogo. As batalhas se seguem em turnos como nos clássicos, mas pode se optar por dois modos, onde monstros só atacam enquanto você não está fazendo seleções no menu de técnicas e itens e o outro modo os monstros atacam livremente não importa o que você esteja fazendo (o sistema usado para isso era chamado Active Time Battle 2.0). São muitos itens, tipos de equipamentos e técnicas para se usar que eu teria que fazer um texto gigante para listar elas.
Os gráficos são muito bonitos e coloridos, sendo fácil reconhecer todo o traço e características de Akira Toriyama (Magus lembra Vegetta, por exemplo). Os sprites dos personagens são bem feitos, animações boas, e andando pelos mapas podemos interagir com várias coisas para encontrar itens escondidos. Falando no mapa, todos são muito caprichados mesmo, e durante a viagem pelo tempo nós vemos como a geografia do mapa muda conforme as eras (meu cenário favorito é o futuro). E justamente durante esta viagem pelo tempo é que iremos conhecer todos os personagens que irá se juntar ao nosso time, e isso é feito com maestria pois todos personagens são inseridos no momento certo e tem seus próprios motivos para isso. Os personagens são muito carismáticos, e você se identifica muito fácil com eles. Cada um deles tem sua própria musica tema que são maravilhosas. Sério. As musicas de Chrono Trigger são reconhecidas até hoje como uma obra prima e já foi lançado até cd. Cada melodia parece ter sido trabalhada com muita vontade e inspiração porque nenhuma delas enjoa. Eu gosto muito da musica de quando se está em Zeal Palace ou o tema de Magus. Todos os arranjos e efeitos sonoros seguem o mesmo padrão de qualidade.
Chegamos a parte mais complicada de nosso review, a história. Vou contar de modo bem resumido para não estragar a jogatina de quem não jogou (embora ache difícil quem não jogou Chrono Trigger). Nosso protagonista Crono encontra uma garota chamada Marle na feira do milênio no tempo de 1000AD que após um esbarrão se tornam amigos. Durante o passeio Crono e Marle vão ver o novo experimento de Lucca que diz capaz de teleportar pessoas. Claro que as coisas dão erradas quando Marle experimenta o teleporte, e Crono e Lucca partem em seu resgate. Esse é o inicio de uma longa jornada onde eles irão encontrar mais aliados, até finalmente chegar a um futuro apocalíptico onde encontrarão um registro do fim do mundo. Inconformados, é nessa hora que o jogo realmente começa e vamos começar a viajar pelas eras para poder reverter o processo que acabou com o planeta Terra. Ao todo são 7 personagens que irão se juntar ao nosso time. O enredo se desenvolve muito bem, não há enrolações, e você vai querer saber mais e mais sobre cada detalhe da história. O jogo insere de forma exemplar o conceito de que suas ações têm consequências e de acordo com o que você fizer irá ter um final diferente. São 14 finais diferentes o que aumenta ainda mais o fator replay do jogo que incentiva o player a começar de novo porque ele mantem seus itens e níveis dos personagens facilitando os jogos, já que você começa igual quando acabou o jogo anterior usando a opção New Game+. Se você fechou o jogo com level 45, é de lá que seus personagens irão continuar e com todos os itens.
O único pecado de Chrono Trigger é não possuir uma continuação. Muitos geralmente confundem Chrono Cross como a continuação de Chrono Trigger, mas isso não é verdade. Chrono Cross é inspirado em Trigger, mas não tem ligação direta com ele sendo afirmado que os jogos se passam no mesmo universo mas em dimensões paralelas. A dica para quem joga em emulador é procurar as versões traduzidas em portugues br, existem 2 delas que são ótimas e 100% traduzidas.
Pontos Fortes:
- Personagens carismáticos
- História bem elaborada
- Musicas de altíssima qualidade
-Jogabilidade inovadora
- Múltiplos finais
- Gráficos semelhantes ao universo de Dragon Ball
Pontos Fracos:
- Não ter tido uma sequencia
